quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Por vezes...

Porque o momento depende de uma circunstância
Por vezes quero rir, mas só a lágrima cai
Por vezes quero dizer, mas a voz prende-se
Nada na vida é determinante ou inerte
Por vezes, quero dar-te o momento, mas só me tens a mim
Por vezes sei que é fácil errar, mas quero sempre ganhar

E somos tão fortes e fracos ao mesmo tempo
Que por vezes gostava de atingir o céu
Quando, muito vezes, nem na terra estou convicto
Nada é para partilhar, mas por vezes quero dar
Nada, nem ninguém, me pode negar um começo
Se ainda não há experiência de um fim

E é tão fácil sermos heróis e criminosos
Por vezes quero mudar o mundo, mas só o pioro
Mas o bater do meu coração permanece
Estou vivo, mas por vezes quero esquecer-me disso

E nesta roda-viva, junto da multidão
Somos mais um, mas por vezes queríamos ser os únicos
Reinventar o que nos rodeia é por vezes uma opção
As ruas parecem profundas, os passos custam a dar
Está escuro, os carros passam e os holofotes iluminam-nos.

Mas nada vai mudar a minha maneira ser
Pois, se por vezes quero rebentar
Constantemente encontro que afinal este ser
Pautado por erros e fantasia
Sempre terá a oportunidade de vingar na felicidade
Por vezes ou sempre, nada será impossível!