quinta-feira, 12 de junho de 2008

Voz


Eu sou a voz
A voz dessa tua consciência adormecida
A voz do passado e do futuro que te espera
A voz da tua natureza e de algo que ainda virá
Não tenhas medo, porque hoje saberás
Eu sou a voz que o caminho guiará

Trago a força que deixaste outrora perdida
Sou o grito abafado pelos medos alheios
Vá, não tenhas medo, outra vez
Eu sou a voz que te conhece bem

Eu sou a voz, aquela da brisa do mar
Eu sou a voz, aquela da raiva escondida
Eu sou a voz, a que te traz a esperança
Sou como a força da Primavera a florescer

Não te esqueças de mim
Eu sou a voz que espera por ti
Sou aquilo que desejas, na alvorada pronunciada
Sou a cura da ferida, a chama da dor
Vá responde-me... eu sou a voz que chama por ti!

sábado, 7 de junho de 2008

Saudade

Por que é que a saudade às vezes nos corrói? Não consigo fechar os olhos, as lembranças enchem o panorama, o coração acelera, a ansiedade instala-se e um desejo incontrolável de voltar ao passado atormenta todo o meu ser.

Será nostalgia, saudosismo ou apenas recordações saudáveis? Ah mente perversa, de tanto serves, mas de tanto me fazes sofrer. Fragmentações desproporcionadas de um tempo repleto de sorrisos e de outros com olhares lacónicos de desinteresse.

O tempo passa e não espera por nós, serei eu um incapaz de o acompanhar. Só ele, o tempo, o dirá. Por minha parte, fica apenas a saudade!