Sexta-feira: o dia está a esvaziar-se devagar e a noite custa a chegar. Aqui estou eu, sozinho nesta sala exânime. Quem sou? Que faço neste lugar inóspito? Mas, não bastasse esta minha razão insignificante, constato que me trocam a uma velocidade superior à fuga desta dor em mim.
De repente, estava só: olhei para o alto da posição em que os meus olhos passavam e apercebi-me que estava só. No fundo, somos todos vítimas uns dos outros, das recordações, dos desejos, das loucuras, dos olhares, dos vícios, de ti e de mim.
Sempre procurei estar imune a sentimentos que, por algum motivo, nunca lhes dei grande importância, pela simples razão de que me podiam facilmente escravizar.
Fugir de sentimentos totalitários sempre me pareceu a melhor opção.
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1 comentário:
LOL, perdoa-me a gargalhada, mas ingenuidade da tua atitude chega a ser enternecedora.
Quase que são patéticas as débeis tentativas em que empreendemos para nos enganarmos a nós próprios.
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